Na Sessão Ordinária realizada nesta quarta-feira (13), a Câmara de Vereadores de Salgueiro reafirmou seu caráter de casa do povo e abriu novamente o espaço da Tribuna Livre para a defesa dos servidores municipais. Falaram ao microfone, no momento que a reunião era transmitida ao vivo por rádios para toda a cidade, a presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Salgueiro (Sisemsal), Edvane Teixeira, o advogado da entidade, Rafael Ramos, e o servidor João Anselmo.
Edvane ressaltou que o motivo de procurar a Casa Epitácio Alencar novamente foi para pedir que o projeto de reajuste dos servidores enviado pelo Poder Executivo à casa não seja aprovado como está, pois pode incorporar o bônus do magistério ao salário dos professores. “[Esse projeto] altera o nosso Plano de Cargos e Carreiras (PCCR)”, afirmou. “Não foi o anúncio feito [pelo prefeito], a alteração do nosso Plano de Cargos e Carreiras. Foi a garantia de 19,1% [de reajuste] e retirada de 5% da gratificação do magistério”, completou.
Segundo Edvane, o projeto encaminhado à câmara pelo gestor municipal tira o bônus do anexo de gratificações e o coloca no anexo de vencimentos do PCCR, possibilitando uma incorporação dessa gratificação sem precisar da anuência do Poder Legislativo. Ela chamou à tribuna o advogado do sindicato, Rafael, que leu o parecer jurídico contra a proposta da prefeitura. “Pedimos a essa casa que rejeite integralmente esse projeto de lei, para que seja oportunizado ao prefeito o encaminhamento de um projeto de lei, que seja condigno com aquilo que ele propôs à categoria”, disse o defensor.
Houve mais uma vez divergências nas manifestações dos vereadores, com parlamentares da bancada da situação acusando, inclusive, o sindicato de tentar politizar o projeto, enquanto os edis da oposição defendiam a alteração da proposta. O projeto nem chegou a ser colocado em votação, porque a reunião se estendeu e muitos vereadores saíram do plenário, o que fez a sessão ficar sem o quórum necessários para votações.