A última seleção simplificada de professores, realizada nas últimas semanas de janeiro de 2025 no município de Salgueiro-PE, gerou grande frustração entre os professores recém-formados na área da educação. O processo avaliativo adotado foi extremamente rigoroso na pontuação dos títulos, concedendo apenas 1,5 pontos para o diploma de graduação, 1 ponto por curso adicional, 1 ponto para títulos de mestrado e doutorado e atribuindo maior peso à experiência profissional prolongada. Como consequência, muitos candidatos qualificados, que dedicaram tempo e recursos à sua formação, foram praticamente excluídos da seleção.
O critério de pontuação adotado torna injusta a participação dos recém-formados, pois a exigência de experiência se torna um fator eliminatório. Se o próprio diploma garantisse os quatro pontos necessários para a classificação, muitos profissionais não seriam descartados logo na primeira fase do processo. É desolador ver nomes de educadores competentes na lista de desclassificados, como se sua formação e dedicação não fossem suficientes para atuar na área.
A maior indignação entre os candidatos é justamente a falta de oportunidades para quem está ingressando no mercado. Como adquirir experiência se os processos seletivos priorizam apenas aqueles que já atuam há anos? Essa lógica cria um ciclo vicioso no qual os recém-formados não conseguem trabalhar, pois não lhes é dada a chance de ganhar experiência.
Outro ponto polêmico da seleção foi o favorecimento de professores aposentados, muitos já em idade avançada e utilizando metodologias ultrapassadas. Além disso, a permanência desses profissionais no mercado resulta no acúmulo de cargos, dificultando ainda mais o acesso dos novos profissionais ao ensino público. Enquanto isso, jovens educadores, qualificados e motivados para inovar na educação, são barrados sem a chance de demonstrar sua capacidade.
Diante desse cenário, seria essencial uma revisão do formato da seleção, buscando uma abordagem mais justa e equilibrada dentro dos parâmetros legais. Um modelo mais inclusivo poderia considerar provas avaliativas, estágios supervisionados ou outras formas de pontuação que dessem oportunidade tanto a profissionais experientes quanto aos recém-formados.
Paradoxalmente, o governo federal tem investido em bolsas de estudo para formação de professores, como se houvesse escassez de profissionais na área. No entanto, a realidade é outra: o Brasil conta com milhares de educadores formados e qualificados, mas que permanecem sem oportunidades de trabalho, com seus diplomas guardados. É urgente que os processos seletivos passem a valorizar tanto a experiência quanto o potencial dos novos profissionais, garantindo um sistema mais justo e eficaz para a educação do país.
Muita exigência.para que?Para deixar os mesmos que já estão,muitas vezes com acúmulo de cargo.pessoas que já tem experiência porque tiveram um oportunidade.e continuam porque tem experiência.e a gente com a mesma qualificação Não tem oportunidade nenhuma.foram diploma de graduação,de pós graduação cursos e experiência colocados,tudo em vão.Contabilizei 2 pontos e fui desclassificada.acredite que talvez nem precisasse de seleção só permanecia os mesmos e pronto.
Fora os que tiverem as notas contabilizadas erradas, entraram com pedido de reavaliação por meio do email disponibilizado e não recebeu nenhum retorno. Logo, não foi reavaliado esses títulos. Tentando entrar em contato com a secretária ninguém atende o telefone. Fui prejudicada, assim como tantos outros.
Lembrando que ainda existem candidatos que estão dentro das vagas do último concurso de professores que não foram convocados e será contratados professores nas vagas dos concursados. O prefeito elega não poder convocados 4 professores restante por conta da folha de pagamento porém contratara os seleciondos com mesmo salário. Estranho não?